sexta-feira, 18 de março de 2011

St. Patrick's Day - Dia de Santo Patrício

Ontem, dia 17/03/2011, tive o prazer e alegria em participar da festa de "St. Patrick" na Irlanda, o país que tem "St. Patrick" como padroeiro.
(Foto: Lilian da Vision, Veronica, Joyce, Rafael e eu-alunos Kenilworth 'agenciados pela Vision').

Interessante sair pelas ruas de Dublin e ver a alegria das crianças procurando "Paddy", famílias reunidas e toda expectativa para apreciar "Parade".
A cidade estava cheia (ainda está) de estrangeiros, pessoas que vem para participar dessa festa aqui.

Deixo um pouquinho da história de “St. Patrick” que achei bem interessante. Minha intenção era reescrevê-la mas não terei muito tempo, e nada melhor do que ler de pessoas que tem mais habilidade com a escrita, né!?

Santo Patrício
Por sua pregação, a Irlanda, anteriormente lar da idolatria, tornou-se a Ilha dos Santos. Favorecido por visões do alto, dom da profecia e grandes milagres, esse Santo alcançou grande renome nos séculos IV e V.
"Eu, Patrício, miserável pecador e o último dos servidores de Jesus Cristo, tive por pai o diácono Calpurnius, filho do padre Potius. Nasci (em 377) em Bonaven Taberniae, numa vila que meu pai possuía", diz o próprio Santo, no início de sua obra autobiográfica, Confissão.

Onde fica esse local designado por um nome latino? Na França, dizem uns. Na Escócia, outros. Ou mesmo na Inglaterra. Mas pouco importa, pois, por seu apostolado e por sua morte, Patrício tornou-se o Santo prototípico e posse incontestável da Irlanda.

Apesar de ter nascido em família religiosa, Patrício confessa que até os 16 anos "não me tinha jamais preocupado seriamente com o serviço de Deus". Além disso, "desde pequeno, tinha um verdadeiro horror ao estudo".

Vida atribulada leva o Santo à oração

Mas isso não seria sempre assim. Raptado por piratas e vendido como escravo, o adolescente, vendo-se só e abandonado, no sofrimento, solidão e desamparo, voltou-se para Deus: "e seu temor aumentou em mim mais e mais; cresceu a fé e meu espírito elevou-se, de modo que, num só dia, eu rezava uma centena de preces, e fazia o mesmo de noite. Na floresta ou montanha, mesmo antes do alvorecer, eu elevava-me em preces e não sentia dano nisso, mesmo na neve, gelo ou chuva. Não havia então qualquer tibieza em mim, como eu vejo agora, porque meu espírito estava cheio de fervor".

"Nos caminhos da Providência, os seis anos de cativeiro de Patrício tornaram-se uma remota preparação para seu futuro apostolado. Ele adquiriu um perfeito conhecimento da língua céltica, na qual um dia iria anunciar as boas novas da Redenção. Como seu senhor, Milchu, era um grande sacerdote druida, ele se familiarizou com todos os detalhes do druidismo, de cuja escravidão estava destinado a libertar a raça irlandesa".

Findo esse período de purgação, apareceu-lhe um anjo dizendo que suas preces e jejuns tinham sido aceitos por Deus, e que chegara a hora de ele voltar para casa. Que fugisse até o litoral, onde um navio estava prestes para zarpar.

Mas não foi tão simples. O capitão não quis levá-lo consigo. Patrício chorou e rezou. Vendo suas lágrimas e aflição, o mestre do barco consentiu em levá-lo, contanto que não os atrapalhasse. Eram todos pagãos, e possivelmente piratas.

Depois de uma viagem de três dias, o barco ancorou em um lugar despovoado. Teria quebrado? O fato é que toda a tripulação, incluindo Patrício, entrou terra a dentro durante 28 dias. Como os víveres acabaram, o piloto do navio voltou-se para Patrício e lhe disse: "Tu és cristão e afirmas que teu Deus é todo-poderoso. Pede por nós, para que venha em nosso auxílio". O jovem respondeu-lhes que, se eles se convertessem, Deus os ajudaria. Imediatamente saiu do mato um bando de porcos-espinhos, que eles mataram, comeram e salgaram, agradecendo ao Deus de Patrício aquele auxílio.

Finalmente Patrício chegou à sua pátria... para ser novamente raptado e liberto dois meses depois. Mas suas tribulações não haviam terminado. Numa viagem com os pais para Armorica, a província foi invadida por pagãos, que degolaram todos, menos Patrício. E ele foi vendido mais uma vez como escravo. Uma família cristã resgatou-o, concedendo-lhe a liberdade.

A longa e árdua preparação do futuro apóstolo

Patrício dirigiu-se então à abadia de São Martinho de Tours, onde viveu quatro anos, tendo sempre visões divinas que lhe mostravam a Irlanda como o país onde deveria ir semear a Fé. Mas não era chegada ainda a hora da Providência, pois, dirigindo-se àquele país para evangelizar a cidade de Temoria, foi mal recebido pela população pagã e teve que voltar à França. Pôs-se então sob a direção do grande São Germano de Auxerre, um dos maiores luminares da Igreja da época no Ocidente. Formado por tal diretor durante 14 anos, Patrício estava maduro para sua missão.

Nessa época, a heresia pelagiana começava a contaminar as incipientes cristandades existentes na Inglaterra e Irlanda. São Celestino I enviou um bispo, Paládio, para combatê-la, mas este foi morto pelos hereges. São Germano recomendou ao Papa que enviasse Patrício para substituí-lo. Assim, em 432, voltou ele novamente ao campo de apostolado que a Providência de há muito lhe destinara. Recebeu a sagração episcopal no continente, e chegou à Irlanda por volta do ano de 433.

Milagres atestam sua santidade

Segundo alguns, a primeira coisa que ele fez na futura Ilha dos Santos foi procurar seu antigo senhor, para pagar-lhe seu resgate. A caminho, dirigiu-se à foz do rio Boyne, onde converteu muitos pagãos e operou o primeiro de seus milagres na Irlanda, para provar a honra devida a Nossa Senhora e o divino nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Deixando discípulos seus para confirmar os neo-convertidos na Fé, dirigiu-se para Slemish, onde o chefe pagão Dichu quis matá-lo à espada. Mas, ao desferir o golpe, seu braço ficou paralisado, só voltando ao normal quando ele, contrito, se converteu. Doou ao apóstolo um estábulo, que foi transformado no primeiro santuário erigido por São Patrício na Irlanda, junto ao qual fundou um mosteiro que se tornaria seu lugar de recolhimento.

Sabendo depois que uma assembléia anual dos chefes e guerreiros pagãos ia reunir-se em Tara, onde residia o principal dos chefes (uma espécie de rei da Ilha), para lá se dirigiu. Mas ali situava-se também o principal centro dos druidas — sacerdotes da religião pagã que predominava no país. Patrício sofreu muita perseguição da parte deles, escapando da morte por milagre. Os sacerdotes druidas, para mostrar seu poder, por meios diabólicos fizeram uma negra nuvem cobrir o firmamento. São Patrício desafiou-os a fazê-la desaparecer. Por mais que fizessem, não conseguiram. A uma prece do Santo, o sol tornou a aparecer. O chefe dos sacerdotes, então, também pelo poder diabólico, como Simão Mago elevou-se ao ar, voando como um pássaro. Patrício rezou, e o miserável estatelou-se no solo. Com isso, converteram-se diversos chefes tribais e famílias. O filho de um deles, Benen ou Benigno, tornou-se companheiro inseparável do Santo e sucedeu-o na sé de Armagh. Converteram-se também, na ocasião, o rei de Dublin, o de Minster e os sete filhos do rei de Connaught. Daí em diante o apostolado de São Patrício foi muito favorecido por esses vários chefes tribais, e o número de conversões foi enorme.

O Santo destrói ídolo e converte pagãos

Passando perto de um local chamado Magh-Slecht, o apóstolo soube que, pouco distante, estava uma multidão adorando o ídolo Crom-Cruach, um enorme pilar de granito coberto com placas de ouro e prata, cercado por 12 ídolos menores. São Patrício foi até lá e, com uma pancada de seu báculo, reduziu o ídolo a pó.

Em um só lugar, Killala, converteu o rei e seus seis filhos, com mais 12 mil vassalos. Passou depois sete anos visitando cada localidade de Connaught, organizando paróquias e instruindo o povo. A messe era abundante. Tornou-se legendária a conversão de duas filhas do rei local — Etna, a loira, e Felden, a rubra — que pediram ao apóstolo que as instruísse na fé cristã para verem Deus face-a-face. Faleceram ambas logo depois do batismo, sendo enterradas com seus trajes batismais.

No ano de 440, São Patrício empreendeu com muito êxito a evangelização da região de Ulster. Quatro anos depois, construiu a catedral de Armagh, que, a seu pedido, o Papa São Leão Magno elevou a metropolita.

Deus concede a servidores, como Patrício, coragem heróica

Eram tantos o milagres, bênçãos e fatos maravilhosos que acompanhavam o apostolado de São Patrício, que ele mesmo exclama em sua autobiografia: "De onde provêm essas maravilhas? Como os filhos de Hibérnia (Irlanda), que jamais haviam conhecido o verdadeiro Deus e adoravam ídolos impuros, tornaram-se um povo
santo, uma geração de filhos de Deus? Os filhos e as filhas de reis solicitam a honra de serem monges ou de consagrar sua virgindade ao Senhor. .... E quantas virgens e viúvas que lutam contra todos os obstáculos humanos para permanecerem fiéis a seu esposo celeste! Eu não sei o número, mas Deus o sabe, Ele que dá a seus humildes servidores uma coragem heróica".

Na Irlanda, os bardos ou cantores épicos formavam uma casta hereditária, que percorria o país cantando as proezas dos grandes heróis. Pois foi entre eles que Patrício recrutou seus mais fiéis discípulos, de maneira que muitos mosteiros fundados pelo Santo tornaram-se o lar da poesia céltica. Eles souberam tão bem adaptar seu talento ao cristianismo em seus cânticos, que, segundo se diz, os próprios Anjos do céu vinham ouvi-los. Por isso a harpa dos bardos tornou-se o símbolo e brasão da Irlanda católica.

Mas nem tudo eram sucessos e maravilhas. O próprio apóstolo afirma que "diariamente eu espero uma morte violenta, ser roubado, levado de volta à escravidão, ou alguma outra calamidade. .... Eu me ponho nas mãos do Deus poderoso, porque é Ele que tudo governa". E era muito necessário. Certo dia, por exemplo, viajava num carro de bois ao lado do condutor, seu discípulo, quando este pediu-lhe que trocasse de lugar com ele, segurando as rédeas enquanto o discípulo descansava um pouco. O mestre não suspeitou de nada. Pouco depois uma lança, atirada por algum inimigo, atravessou o coração do discípulo, que assim salvou a vida do mestre e alcançou ao mesmo tempo a coroa do martírio.

O próprio Patrício não morreria mártir como ardentemente desejava. Faleceu na paz, no dia 17 de março de 461, depois de 30 anos de frutuoso apostolado na Ilha dos Santos, deixando atrás de si inúmeros santos formados em sua escola.

Fonte: http://www.lepanto.com.br/dados/HagSPatricio.html





Story of St. Patrick
St. Patrick was born in Wales in 387. His father's name was Calpornius and his mother's name was Conchessa. He lived in a villa in the country. He was captured by a man named Niall of the Nine Hostages or as most people know him as Niall Naoi nGiallach. They took him to Ireland and sold him to a farmer who lived in Antrim.

The farmer's name was Milchu. Patrick minded sheep on a hill and sometimes he tended pigs. They say he wasn't looked after very well. Sometimes he ate the pig's swill to keep him alive. He prayed every night. Then one night he heard a voice. It was God. He was telling him he had to escape. He thought he was dreaming but God told him he wasn't. The voice said that there was a ship waiting for him in Port Laraige (Waterford). He had to walk there and that wasn't easy. He had to kill animals for food to stay alive. He survived and got there.

There was a ship waiting for him but it had a cargo of wolfhounds for France. Patrick asked the captain, "Is this boat heading for France?" The captain asked him, "Why are you in such a hurry". Then the captain said, "You're a slave and you want to escape". Patrick said, "Well actually, I am". Quickly the captain replied, "I'm not taking a slave in my boat". Patrick got off. The ship left the pier and suddenly the hounds went berzerk and they had to return quickly. They tried again and each time the hounds went mad. Patrick said, "If you let me on that boat I will make sure that the hounds will settle. The captain answered, "OK but if you're lying well throw you overboard". And surely the hounds calmed down as soon as Patrick boarded the ship. They stayed calm until they got to France. It took a longtime to get there around about six days. He was about 17 at this stage.

He got through it and eventually got back to Wales. He wasn't there long when again he heard the voice telling him to go back to Ireland to tell the Irish pagans all about Jesus. He realised then that he wanted to become a priest. It wasn't easy. He went back and started his training. He went to St.Martins Monastery in Tours, France to train. Then he went back to England. He met Pope Celestine. The Pope was very happy with him. Then Patrick told him the whole story including the voices. The Pope told him that it was definitely God. Patrick wasn't the first person to be sent to Ireland. But that person failed. His name was Pallaclius. He went to Ireland in 431.

Shortly afterwards Patrick returned to Ireland. He had some priests with him. It was Easter now. They got off the boat and headed inland. He camped at Slane. They decided they would light a fire. That night was a very special night for the Pagans. It was the beginning of growth and they were celebrating the coming of Spring. Unknown to him he had broken the law. Normally, the king, whose name was Laoghaire, would light the fire first and everybody would see it and then light theirs. Someone looked out and saw Patrick's fire and said, "Look that must be the king's fire". So they lit their fire and then everybody started lighting their fires. The king looked out and saw everybody's fire lit. He was furious. He shouted, "I didn't light my fire yet". So they went to the place where they thought the fire had started. They arrested all the foreigners including Patrick. They tried and tried and couldn't put the fire out, but only Patrick could do it because he had God on his side.

The chieftain Laoghaire didn't want to learn about God but he let Patrick speak. They were surprised how Patrick knew their language so well. Then Patrick picked up the shamrock and asked, "How many leaves are there?" They all said three. Then Patrick asked how many seeds were needed to make it. Someone said one. This is how he explained the Blessed Trinity, God the Father, God the Son and God the Holy Spirit. The chieftain let him preach to anybody who would listen to him. A pagan priest said, "I will follow him".

He travelled up the east coast to Strangford Lough. He went ashore at Kilough in Co. Down. He went north and built a small church. He moved on to Connacht and then to Munster. He spent sixty years in Ireland. During that time he consecrated 350 Bishops to follow his ways. He died on the 17th of March 493 in Sabhall in County Down. Patrick's name comes from the name Patricius meaning Father. Most people couldn't pronounce his name properly at that time in Ireland so they originally called him Catrige.

Fonte: http://www.iol.ie/~scphadr/patrick.html